30 agosto 2006

Fazer Listas

Alguém aí conhece uma idéia de jerico maior que essa? Se conhecer, por favor, apresente-a a mim, estou precisando de algumas (muitas!). Por hora, não me vem à cabeça uma idéia de jerico tão boa – ou ruim, depende do ponto de vista (sempre!) – quanto a já citada neste título. Fazer listas é querer ver a máxima “nada está tão ruim que não possa piorar” se concretizando. Explicarei por que.

Mas, antes de qualquer coisa, é imperativo ser demasiado desorganizado para estar a ponto de enumerar os afazeres em tópicos. E depois de já ter passado muito sufoco, chega-se ao primeiro estágio. Vamos denominá-lo de “reconhecimento”. Neste estágio, deve-se reconhecer que sem uma lista é impossível dar conta de tudo o que tem que ser feito. Sem ela, você sabe que estará perdido.

Feito isso, chegamos ao segundo estágio: é necessária muita força de vontade para começá-la. Quer saber por que? Calma. Vou explicar tudinho. Primeiro, deixe-me explicar os dois tipos de lista, ou melhor, sua forma de organização: pode-se organizá-la em “prioridades” ou “facilidades” – para decidir, considera-se o grau de desorganização e/ou preguicite aguda.

Não é necessário dizer que os mais preguiçosos optam por colocar as “facilidades” no topo. Todo preguiçoso é prático. Talvez nem sempre na execução, mas sempre no raciocínio. Nos piores casos, e aqui estão inclusos todos aqueles que gostam de sofrer, coloca-se as “prioridades” no início. Um tanto óbvio, não é, colocar as prioridades no topo, então por que piores casos?

Piores casos porque, optando pelo mais necessário e urgente, que geralmente é mais difícil de realizar, a frustração que vem com a sua não-realização acaba nos deixando pior do que já estávamos antes mesmo de fazer a lista – o que nos incapacita de realizar os outros pontos, outrora mais práticos. E, acredite, você não vai conseguir realizá-la. Não conforme o planejado.

É aí que está a razão pela qual precisamos de muita força de vontade para começá-la: já sabemos (inconscientemente ou não) que não vamos conseguir cumpri-la à risca. Portanto, a fazemos para nos sentir mais frustrados. Temos a prova concreta do nosso fracasso. Vemos ali – no papel, no computador, na parede ou onde mais uma lista possa ser feita – tudo o que deveríamos ter feito e não o fizemos por todos os motivos do mundo, justificáveis ou não, mas que, de qualquer modo, vai nos trazer, novamente, a sensação de derrota e incapacidade.

É preciso muita força de vontade para fazer por onde chegar a condição de derrotado e incapacitado. Afinal, todos sabemos, a Lei de Murphy sempre prevalece! Questão de lógica. Fazer listas é ou não uma idéia de jerico?

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu faço lista. hehehe Realmente... a pessoa raramente consegue cumprir o que planeja, mas eu não me sinto fracassada por isso, não. hehehe Você anda com a auto-estima boa pra se deixar levar por isso, hein! auhaiauhaiauhia =*

Anônimo disse...

tô precisando fazer umas listas :S